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TESTEMUNHOS
Poderia ter sido poupada a tanto sofrimento físico e psicológico se estivesse informada sobre os testes de genética.
Na altura em que me foi diagnosticado o cancro da mama, tinha 31 anos, não havia ainda em Portugal testes de genética, estávamos em 1991. Desse cancro não voltei a ter recidivas. Mas aos 50 anos apareceu o cancro do ovário. Poderia ter sido poupada a tanto sofrimento físico e psicológico se estivesse informada sobre os testes de genética e as consultas de risco que a partir de 2000 já existiam. Quando soube que tinha a mutação genética não me afetou muito, porque já tinha a doença e já não havia muito a fazer. Mas tenho um filho, que tem uma filha pequena, e já o aconselhei a fazer o teste, por ele e pela minha neta.
Dar a notícia que tinha cancro de mama às minhas filhas foi talvez dos momentos mais difíceis da minha vida.
Apesar da minha avó e da minha mãe terem falecido de cancro da mama, não pude fazer o teste genético, porque não havia ninguém vivo com a doença. Dar a notícia que tinha cancro de mama às minhas filhas foi talvez dos momentos mais difíceis da minha vida. Ver a dúvida na cara delas, na altura com 15 e 18 anos, se a mãe iria sobreviver, foi muito doloroso. Tive sempre o apoio incondicional da minha família e amigos e foi muito importante porque foram eles que me deram força para ultrapassar a doença. Como prevenção retirei os ovários e as trompas. A prevenção é o mais importante de tudo.
Aguardei quase um ano e meio e não me chamaram para realizar as cirurgias preventivas. O tumor chegou primeiro..
Fiz o teste genético porque a minha mãe e a minha avó tinham falecido com cancro de mama e foi diagnosticada a mesma doença à minha irmã. Quando soube que tinha a mutação genética fiquei em pânico e muito preocupada. Decidi fazer as cirurgias preventivas (retirar as duas mamas, trompas, ovários e útero), antes que algum tumor aparecesse...era o melhor para mim. Aguardei quase um ano e meio e não me chamaram para realizar as cirurgias preventivas. O tumor chegou primeiro. Por isso, foi e é importante a união entre nós, para nos apoiarmos uns aos outros.
Quando soube que tinha a mutação genética senti um peso muito grande. Ao fazer a cirurgia tirei um peso de cima de mim e hoje sinto-me muito mais leve...
Fiz o teste genético porque segundo o historial da família podia ser genético, o que se veio a confirmar. Quando soube que tinha a mutação genética senti um peso muito grande. A minha mãe (Carla) e a minha tia (Ana Paula) estavam comigo quando recebi a notícia. Sempre decidimos tudo em família e essa união fez toda a diferença. Fiz a mastectomia bilateral profilática porque a probabilidade de ter cancro da mama era muito elevada. Ao fazer a cirurgia tirei um peso de cima de mim e hoje sinto-me muito mais leve.
Creio que foi este teste genético que, num primeiro momento, me salvou a vida.
Fiz o teste genético e tinha a mutação, mas logo após o tumor apareceu. Optei por fazer uma mastectomia bilateral removendo também a mama ainda aparentemente saudável e mais tarde fui submetida a uma ooferectomia bilateral, porque todas as soluções que para mim representassem aniquilar a doença e/ou evitar que ela voltasse foram sempre desejadas. Evitar mais sofrimento e conseguir ‘controlar’ a mutação passa por conhecê-la. Hoje sinto-me absolutamente grata por ter feito o teste genético que me permitiu, devido a um rastreio mais cuidado, a deteção precoce do cancro. Sem a noção do risco não teria feito um controlo tão apertado e não teria sido detetado o tumor tão atempadamente. Creio que foi este teste genético que, num primeiro momento, me salvou a vida.
Atuar preventivamente pode evitar desfechos mais tristes e dolorosos. Estava nas minhas mãos evitar o pior cenário.
A minha tia e a minha avó faleceram com cancro da mama. A minha mãe e a minha irmã, não só tinham a mutação, como tiveram o tumor. Fiz o teste e quando soube o resultado aceitei-o com tranquilidade. Saber que eu e a minha irmã tínhamos a mutação foi “apenas” um prolongamento do cancro da minha mãe e enfrentámos uma nova etapa uma vez mais juntas, ligadas pela confiança nas equipas médicas e embaladas pelo nosso sentido de humor negro. Decidi fazer a mastectomia bilateral profilática, porque atuar preventivamente pode evitar desfechos mais tristes e dolorosos. Hoje sinto-me aliviada. Reduzir uma probabilidade na ordem dos 80% de vir a ter cancro de mama para uma probabilidade que deve andar nos 10% é muito considerável. Estava nas minhas mãos (e nas dos médicos) agir preventivamente e evitar o pior cenário.
Fazer o teste dar-me-ia a tranquilidade (ou não) que eu tanto precisava para dar certos rumos à minha vida.
Dado o histórico familiar, decidi fazer a análise genética. Mais do que ter medo de vir a ter a doença, tenho amor à vida e fazer o teste dar-me-ia a tranquilidade (ou não) que eu tanto precisava para dar certos rumos à minha vida. Quando recebi o resultado negativo senti gratidão, alívio e paz. Poderia viver sem uma nuvem cinzenta a escurecer os meus dias e deu-me esperança para acreditar que a minha mãe, que não quis fazer o teste, também não tenha a mutação. Mas no momento em que recebi a notícia estava com as minhas primas e foi um misto, porque elas tinham recebido o pior resultado. Estávamos, por isso, unidas e convencidas que tínhamos um longo caminho de prevenção pela frente, sobretudo a Juliana e a Alexandra. A união da família e dos amigos é fundamental. O excesso de amor, carinho e a presença constante dos que amamos são as melhores terapêuticas não farmacológicas.