O Dr. Henrique Nabais, Presidente da Secção Portuguesa de Ginecologia Oncológica (SPGO), realça a importância de ouvir o corpo. “Quando alguma queixa diferente daquilo que é habitual surge, tem de ser valorizada. Tudo o que seja uma queixa de novo ou que tenha um agravamento tem de ser tida em conta. Qualquer um dos sintomas que tenha uma frequência de mais de 12 dias por mês deve ser avaliado.”
Em Portugal são diagnosticados por ano cerca de 500 novos casos de cancro do ovário1 e 70 a 80% dos casos são diagnosticado em estadios avançados2, sendo este a 8ª causa de morte por cancro na mulher no nosso país3,4 .
Os sintomas e sinais de cancro do ovário são inespecíficos, tais como pressão ou incómodo abdominal, e muitas vezes, não são valorizados pelas mulheres e pelos profissionais de saúde4.
Ao contrário do que acontece em outros tipos de cancro, para o cancro do ovário actualmente ainda não existe nenhum método de rastreio específico4.
Os principais factor de risco são a idade, história reprodutiva da mulher (menstruação precoce, menopausa tardia) história familiar, predisposição genética, fatores ambientais, obesidade, entre outros4.
20 a 25% de todos os cancros de ovário estão associados a um fator genético5 e a presença da mutação BRCA 1 e/ou 2, confere um risco de desenvolver a doença à medida que a idade avança, entre 39% a 65%6.
PT-15901 aprovado em maio de 2023
Referências:
Esclarecer a população e, sobretudo, os doentes oncológicos e as suas famílias, sobre a relação entre as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 e alguns tipos de cancro.
© Saber Mais Conta – Copyright 2020